domingo, 23 de dezembro de 2012

A CONVERSÃO PASTORAL E AS DIRETRIZES GERAIS DA AÇÃO EVANGELIZADORA DA IGREJA NO BRASIL ( 2011 – 2015)

       Uma leitura atenta do Magistério Eclesial latino-americano nos faz entender que a Igreja está tomando consciência de que precisa de nova evangelização (Santo Domingo, 1992) e de conversão pastoral (Aparecida, 2007) para ser verdadeiramente a Igreja visível espalhada por todo o mundo, (cf. LG, 26) por meio da pregação da palavra, da celebração da ceia do Senhor e do ministério dos presbíteros. (cf. LG, 28).
            A Conferência de Santo Domingo (1992) deu este passo ao afirmar que a “nova evangelização exige a conversão pastoral. Tal conversão deve ser coerente com o Concílio. Tudo cabe a todos: na consciência e na prática pessoal e comunitária, nas relações de igualdade e de autoridade; com estruturas e ações que tornem a Igreja presente com cada vez mais clareza, enquanto sinal eficaz, sacramento de salvação universal” (30).
A Conferência de Aparecida veio acrescentar algo importante no caminho da Igreja latino-americana a respeito da questão da “conversão pastoral”. Insiste que a Igreja deve passar por profunda e intensa conversão pastoral para poder responder aos enormes desafios de sua vida e missão neste terceiro milênio: um Pentecostes, uma verdadeira eclesiologia de comunhão com enormes implicações pastorais. É uma proposta e um programa de pastoral principalmente na revitalização das paróquias.
            “Os bispos, sacerdotes, diáconos permanentes, consagrados e consagradas, leigos e leigas, são chamados a assumir uma atitude de permanente conversão pastoral, que envolve escutar com atenção e discernir o que o Espírito está dizendo às Igrejas (DAp 229), através dos sinais dos tempos, nos quais Deus se manifesta” (DAp 380)
“A conversão dos pastores nos leva também a viver e promover uma espiritualidade de comunhão e participação, propondo-a como princípio educativo em todos os lugares onde se forma o homem e o cristão, onde se educam os ministros do altar, as pessoas consagradas e os agentes pastorais, onde se constroem as famílias e as comunidades (NMI, 43) (DAp 382).
No entanto, ao falar de “conversão pastoral” o documento de Aparecida abre horizontes com os seguintes paradigmas:
a)         É preciso “assumir atitude de permanente conversão pastoral” (DAp 366), isto é, “abandonar as ultrapassadas estruturas que já não favoreçam a transmissão da fé” (DAp 365) e realizar “reformas espirituais, pastorais e também institucionais”( DAp, 367);
b)        “A conversão pastoral requer que as comunidades eclesiais sejam comunidades de discípulos missionários ao redor de Jesus Cristo, Mestre e Pastor” ( DAp, 368);
c)         “A conversão pastoral de nossas comunidades exige que se vá além de uma pastoral de mera conservação para uma pastoral decididamente missionária” (DAp, 370);
d)        A conversão pastoral “deve ser resposta consciente e eficaz para atender às exigências do mundo de hoje com ‘indicações programáticas concretas, objetivos e métodos de trabalho, formação e valorização dos agentes e a procura dos meios necessários que permitam que o anúncio de Cristo chegue às pessoas, modele as comunidades e incida profundamente na sociedade e na cultura mediante o testemunho dos valores evangélicos’” (DAp, 371).
 Finalmente, as Diretrizes Gerais da Ação Evangelizadora no Brasil 2011-2015 vêm nos ensinar que para a operacionalização das mesmas exige-se um processo de planejamento (cf. DGAE 2011-2015, 121-122) e este processo para uma nova evangelização exige conversão pastoral. Mais uma novidade das Diretrizes de 2011 – 2015!
Segundo as Diretrizes, nn.126-138, o Planejamento Pastoral exige trabalho, dedicação e responsabilidade. É um trabalho responsável, pensado e comprometido que leva em consideração a Igreja e sua missão. É organizado, isto é, determina bem o que precisa ser feito, o modo de fazê-lo e as responsabilidades de cada um, dentro de uma distribuição adequada do trabalho (Onde estamos? Onde precisamos estar? Quais nossas urgências pastorais? O que queremos alcançar? O que vamos fazer e a renovação das estruturas).
            Entre a cidade de ontem e o urbano contemporâneo precisamos ajudar os fiéis a olharem para dentro de nossas paróquias e ajudar os presbíteros a olharem para fora. Este contraste é impressionante, pois como dizia Sêneca: “não adianta o vento favorável se o barco desconhece o porto do destino”.
A paróquia, lugar da visibilização da Igreja, não pode ser indiferente ao mundo em mudança. Faz-se necessário uma gestão paroquial para repensar, organizar, comandar, coordenar, controlar os paradigmas da estrutura eclesial a fim de que respondam significativamente aos apelos atuais.
As paróquias só conseguirão responder a essa condição urbana à medida que criarem grupos de interesse que despertem nas pessoas a necessidade e a motivação para se reunirem. Assim, necessitamos de paróquias com planejamentos participativos, segundo o plano de Deus.
O planejamento paroquial, à luz das Diretrizes, deve ressaltar os objetivos (fatores vitais para obter êxito do trabalho de acordo com o magistério ordinário e extraordinário), metas (saber o que se quer alcançar e o impacto positivo sobre as ações) e estratégias (meios, táticas, detalhes e planos que permitam alcançar os objetivos).
  As nossas cidades necessitam de paróquias com bons planejamentos que permitam expressar a unidade da presença da Igreja com serviços ágeis que facilitem a ação evangelizadora.

sábado, 1 de dezembro de 2012

Tempo do Advento

O Advento (do latim Adventus: "chegada", do verbo Advenire: "chegar a"), é o primeiro tempo do Ano litúrgico, o qual antecede o Natal. Para os cristãos, é um tempo de preparação e alegria, de expectativa, onde os fiéis, esperando o Nascimento de Jesus Cristo, vivem o arrependimento e promovem a fraternidade e a Paz. No calendário religioso este tempo corresponde às quatro semanas que antecedem o Natal.O Advento (do latim Adventus: "chegada", do verbo Advenire: "chegar a"), é o primeiro tempo do Ano litúrgico, o qual antecede o Natal. Para os cristãos, é um tempo de preparação e alegria, de expectativa, onde os fiéis, esperando o Nascimento de Jesus Cristo, vivem o arrependimento e promovem a fraternidade e a Paz. No calendário religioso este tempo corresponde às quatro semanas que antecedem o Natal.

segunda-feira, 26 de novembro de 2012

EVANGELI.JÁ - Campanha de Evangelização do Advento 2012

 
De 25 de novembro a 16 de dezembro a Igreja do Brasil realiza mais uma Campanha para a Evangelização, como acontece todos os anos no tempo litúrgico do Advento que antecede o Natal do Senhor. O que é? A Campanha para a Evangelização inicia no domingo de Cristo Rei e segue até o 3º domingo do Advento, associando a Encarnação do verbo e o nascimento de Jesus com a missão permanente da Igreja que é evangelizar. O trabalho evangelizador é uma exigência da graça que recebemos no Batismo. A Igreja, com esta campanha, convida todos os fiéis a participarem na sua obra evangelizadora, seja em iniciativas de sua comunidade eclesial, seja pela oração, seja pela sua oferta material para garantir os recursos necessários à manutenção das estruturas e projetos de evangelização. EVANGELI.JÁ - Este slogan da Campanha é um neologismo derivado da palavra EVANGELIZAR. Mostra a urgência da evangelização e da cooperação de todos neste processo. A campanha deste ano tem como fundamento bíblico “Eu vi e por isso dou testemunho: Ele é o filho de Deus” (Jo 1,34). Coleta para a evangelização - Dia 16 de dezembro A Campanha para a Evangelização significa a abertura de um caminho para despertar a solidariedade de todos os católicos no sustento da missão da Igreja em nosso país. A coleta será, assim, a colheita dos frutos amadurecidos no Advento a serem colocados em comum e a serviço da Evangelização. Como é distribuída a Coleta? Com esse espírito de solidariedade e testemunho, os recursos arrecadados por essa campanha são repartidos como segue abaixo: 35% para a evangelização da CNBB nacional; 20% para a evangelização da CNBB regional; 45% para a evangelização na própria diocese; Oração da Campanha para a Evangelização Ó Deus, quisestes que a vossa Igreja fosse no mundo o sacramento da salvação para todas as nações, a fim de que a obra do Cristo que vem continuasse até o fim dos tempos. Derramai o Espírito prometido, para que aumente em nós o ardor da evangelização e faça brotar nos corações a resposta da fé. Por Cristo, nosso Senhor. Obs.: Você pode fazer download de todo o material da campanha (cartaz, folder, objetivos, texto-base, oração, etc) no seguinte endereço: http://www.cnbb.org.br/site/publicacoes/documentos-para-downloads/cat_view/304-ce-campanha-para-a-evangelizacao/451-ce-2012hospedagem site grátis
De 25 de novembro a 16 de dezembro a Igreja do Brasil realiza mais uma Campanha para a Evangelização, como acontece todos os anos no tempo litúrgico do Advento que antecede o Natal do Senhor. O que é? A Campanha para a Evangelização inicia no domingo de Cristo Rei e segue até o 3º domingo do Advento, associando a Encarnação do verbo e o nascimento de Jesus com a missão permanente da Igreja que é evangelizar. O trabalho evangelizador é uma exigência da graça que recebemos no Batismo. A Igreja, com esta campanha, convida todos os fiéis a participarem na sua obra evangelizadora, seja em iniciativas de sua comunidade eclesial, seja pela oração, seja pela sua oferta material para garantir os recursos necessários à manutenção das estruturas e projetos de evangelização. EVANGELI.JÁ - Este slogan da Campanha é um neologismo derivado da palavra EVANGELIZAR. Mostra a urgência da evangelização e da cooperação de todos neste processo. A campanha deste ano tem como fundamento bíblico “Eu vi e por isso dou testemunho: Ele é o filho de Deus” (Jo 1,34). Coleta para a evangelização - Dia 16 de dezembro A Campanha para a Evangelização significa a abertura de um caminho para despertar a solidariedade de todos os católicos no sustento da missão da Igreja em nosso país. A coleta será, assim, a colheita dos frutos amadurecidos no Advento a serem colocados em comum e a serviço da Evangelização. Como é distribuída a Coleta? Com esse espírito de solidariedade e testemunho, os recursos arrecadados por essa campanha são repartidos como segue abaixo: 35% para a evangelização da CNBB nacional; 20% para a evangelização da CNBB regional; 45% para a evangelização na própria diocese; Oração da Campanha para a Evangelização Ó Deus, quisestes que a vossa Igreja fosse no mundo o sacramento da salvação para todas as nações, a fim de que a obra do Cristo que vem continuasse até o fim dos tempos. Derramai o Espírito prometido, para que aumente em nós o ardor da evangelização e faça brotar nos corações a resposta da fé. Por Cristo, nosso Senhor. Obs.: Você pode fazer download de todo o material da campanha (cartaz, folder, objetivos, texto-base, oração, etc) no seguinte endereço: http://www.cnbb.org.br/site/publicacoes/documentos-para-downloads/cat_view/304-ce-campanha-para-a-evangelizacao/451-ce-2012hospedagem site grátis
De 25 de novembro a 16 de dezembro a Igreja do Brasil realiza mais uma Campanha para a Evangelização, como acontece todos os anos no tempo litúrgico do Advento que antecede o Natal do Senhor.
O que é?
A Campanha para a Evangelização inicia no domingo de Cristo Rei e segue até o 3º domingo do Advento, associando a Encarnação do verbo e o nascimento de Jesus com a missão permanente da Igreja que é evangelizar. O trabalho evangelizador é uma exigência da graça que recebemos no Batismo. A Igreja, com esta campanha, convida todos os fiéis a participarem na sua obra evangelizadora, seja em iniciativas de sua comunidade eclesial, seja pela oração, seja pela sua oferta material para garantir os recursos necessários à manutenção das estruturas e projetos de evangelização. 
EVANGELI.JÁ
Este slogan da Campanha é um neologismo derivado da palavra EVANGELIZAR. Mostra a urgência da evangelização e da cooperação de todos neste processo. A campanha deste ano tem como fundamento bíblico “Eu vi e por isso dou testemunho: Ele é o filho de Deus” (Jo 1,34).
Coleta para a evangelização - Dia 16 de dezembro
A Campanha para a Evangelização significa a abertura de um caminho para despertar a solidariedade de todos os católicos no sustento da missão da Igreja em nosso país. A coleta será, assim, a colheita dos frutos amadurecidos no Advento a serem colocados em comum e a serviço da Evangelização.
Como é distribuída a Coleta?
Com esse espírito de solidariedade e testemunho, os recursos arrecadados por essa campanha são repartidos como segue abaixo:
35% para a evangelização da CNBB nacional;
20% para a evangelização da CNBB regional;
45% para a evangelização na própria diocese;
Oração da Campanha para a Evangelização
Ó Deus, quisestes que a vossa Igreja fosse no mundo o sacramento da salvação para todas as nações, a fim de que a obra do Cristo que vem continuasse até o fim dos tempos. Derramai o Espírito prometido, para que aumente em nós o ardor da evangelização e faça brotar nos corações a resposta da fé. Por Cristo, nosso Senhor.
Obs.: Você pode fazer download de todo o material da campanha (cartaz, folder, objetivos, texto-base, oração, etc) no seguinte endereço:
http://www.cnbb.org.br/site/publicacoes/documentos-para-downloads/cat_view/304-ce-campanha-para-a-evangelizacao/451-ce-2012

sábado, 24 de novembro de 2012

Nomeações e Transferências na diocese de Cachoeiro


Dom Frei Dario Campos, ofm - depois de ouvir o Conselho Presbiteral e o Colégio de Consultores da nossa Diocese, faz as seguintes Nomeações e Transferências.

- Padre Joselito Ramalho Nogueira - Pároco da Paróquia Nossa Senhora das Graças, no bairro IBC, em Cachoeiro de Itapemirim - ES.- Padre Gelson de Souza - Pároco da Paróquia São Sebastião, no bairro Aquidaban, em Cachoeiro de Itapemirim - ES.- Padre Evaldo Praça Ferreira - Pároco da Paróquia Nosso Senhor dos Passos, no bairro Independência, em Cachoeiro de Itapemirim - ES.- Padre Genivaldo Marcolan Laquini - Vigário Paroquial da Paróquia São Pedro Apóstolo (Catedral),  em Cachoeiro de Itapemirim -ES.- Monsenhor Antonio Romulo Zagotto - Pároco da Paróquia Santo Antônio, na cidade de Rio Novo do Sul - ES.- Padre Pedro Félix Bassini - Pároco da Paróquia Nossa Senhora Auxiliadora, na cidade de Jerônimo Monteiro - ES e responsável pela Casa de Encontro de Jerônimo Monteiro.- Padre José Carlos Brasil Magalhães - Pároco da Paróquia São João Batista, no Distrito de  Jaciguá , na cidade de Vargem Alta - ES.
- Padre Dermeval Gomes - Pároco da Paróquia São José, na cidade de São José do Calçado - ES.- Padre Levy Ferreira das Neves - Administrador Paroquial da Paróquia Nosso Senhor Jesus Cristo Luz dos Povos, na cidade de Irupi - ES.- Padre Denis Lesqueves Neto - Administrador da Paróquia São Miguel Arcanjo, na cidade de Guaçui e Vigário Paroquial na Paróquia Nossa Senhora de Lourdes no distrito de Celina - Alegre - ES.- Padre Wagner Paulo Pereira Doriguetti - Administrador Paroquial da Paróquia Nossa Senhora de Lourdes, Distrito de Celina, na cidade de Alegre - ES e Vigário Paroquial da Paróquia São Miguel Arcanjo, na cidade de Guaçui - ES, residindo em Guaçui.- Padre Fábio Eduardo de Lima Santos - Administrador Paroquial da Paróquia Santíssima Trindade, na cidade de Marataízes - ES.- Padre Enildo Genésio de Souza - Vigário Paroquial da Paróquia Nossa Senhora da Penha, na cidade de Alegre - ES.- Padre Marconi José de Andrade - Pároco da Paróquia São José, na cidade de Mimoso do Sul -ES.- Padre Jhauber Luiz Moreira da Silva - Vigário Paroquial Paróquia São José, na cidade de Mimoso do Sul -ES.- Padre Olímpio Andrade Sobrinho - Pároco da Paróquia Sagrado Coração de Jesus, nas cidades de Divino de São Lourenço e Ibitirama - ES.- Padre Gilberto Roberto Silva - Pároco da Paróquia Nossa Senhora da Imaculada Conceição, na cidade de Piúma -ES.- Frei Joel Guilaram Villaruel - Administrador Paroquial da Paróquia São Paulo Apóstolo, no Distrito de Pequiá, na cidade de Iúna - ES.- Padre Joel de Jesus - Administrador Paroquial da Paróquia Nossa Senhora do Rosário, na cidade de Ibatiba -ES.- Diácono Sebastião Lopes da Silva- Uso de Ordem na Paróquia Sagrado Coração de Jesus, nas cidades de Divino de São Lourenço e Ibitirama - ES.- Padre Ismael Matielo - Vigário Paroquial da Paróquia Imaculado Coração de Maria, no Distrito de Piaçú, na cidade de Muniz Freire - ES.- Padre Roberto José Gonçalves - Pároco da Paróquia Nossa Senhora das Dores, na cidade de Dores do Rio Preto -ES.- Monsenhor Dalton Meneses Penedo - Vigário Paroquial da Paróquia de Divino Espírito Santo, na cidade de Muniz Freire -ES e Vigário Paroquial da Paróquia São João Batista no Distrito de Jaciguá, na cidade de Vargem Alta - ES, residindo em Itapemirim - ES.- Padre Bruno Sá Rangel - Liberado para estudo em Direito Canônico em Roma.- Padre Juliano Ribeiro Almeida - Liberado para estudo em Antropologia Teológica e Comunicação nos Estados Unidos.- Padre Alci Monteiro Dias - Missionário na Igreja Irmã Santíssima Conceição do Araguaia - PA.

terça-feira, 30 de outubro de 2012

Parabéns pelos 23 anos

Com imensa alegria, saúdo a todos os paroquianos desta minha estimada paróquia, pela celebração de seus 23 anos a serviço da Igreja e da evangelização!
Saúdo ao reverendíssimo Frei Levy,cfp; ao diác. José Roberto, CPP; CPAE e todos os agentes de pastoral das diversas comunidades! A meus familiares lá na comunidade de São Salvador!
A todos, minha benção!
Parabéns, espero poder estarmos juntos nos 25 anos!

A Paróquia perfeita

Dom Murilo Krieger
Arcebispo de São Salvador da Bahia e Primaz do Brasil
Conta-se que um jovem procurou, um dia, um eremita, isto é, uma dessas pessoas que vivem retiradas do mundo, isoladas, em meio a sacrifícios, orações e jejuns. Os eremitas não fogem do mundo para procurar Deus, mas levam o mundo em seus corações para, na oração, interceder por seus irmãos e irmãs que lutam, sofrem e procuram a vontade do Senhor. O jovem falou-lhe de sua decepção com a paróquia de sua cidade. Afinal, sonhara tanto com uma comunidade ideal, sem defeitos e sem problemas, e lá encontrara somente pessoas com imperfeições.
O experiente eremita levou-o, então, a um lugar não muito distante, onde havia uma capela, e perguntou-lhe: “O que você está vendo?” A resposta foi imediata: “Vejo uma velha capela de madeira, com algumas tábuas um tanto apodrecidas e a pintura toda desbotada!” “É verdade”, respondeu-lhe o eremita. “A capela é isso mesmo que você está falando. Veja, porém: nela habita Deus! O mesmo acontece com sua paróquia. Ela não é tão pura e perfeita como você deseja, porque é formada por seres humanos. Você também é um ser humano e, por isso, continuamente faz experiência das próprias limitações e pecados. Por sinal, mesmo que você encontrasse, um dia, uma paróquia perfeita, ela deixaria de ser perfeita tão logo você nela entrasse!”
Meu artigo poderia terminar por aqui, porque meus leitores já perceberam aonde quero chegar. Mas vou adiante, lembrando uma observação que a Igreja fez de si mesma, cinco décadas atrás. Os bispos do mundo inteiro estavam reunidos em Roma, participando do Concílio Ecumênico Vaticano II (“segundo” porque outro concílio ecumênico havia sido realizado antes no Vaticano, em 1870). A preocupação que dominava seus participantes pode ser sintetizada em uma pergunta: “Igreja, o que dizes de ti mesma?” A belíssima e profunda resposta que surgiu das orações e reflexões dos bispos pode ser lida no documento mais importante desse Concílio: “Lumen Gentium” (Luz das nações). Como desejo voltar à história narrada acima, destaco desse documento a parte que diz: “A Igreja cerca de amor todos os afligidos pela fraqueza humana, reconhece mesmo nos pobres e sofredores a imagem de seu Fundador pobre e sofredor. Faz o possível para mitigar-lhes a pobreza e neles procura servir a Cristo. Mas enquanto Cristo, ‘santo, inocente, imaculado’  (Hb 7,26) não conheceu o pecado (cf. 2Cor 5,21), mas veio para expiar os pecados do povo (cf. Hb 2,17), a Igreja, reunindo em seu próprio seio os pecadores, ao mesmo tempo santa e sempre na necessidade de se purificar, busca sem cessar a penitência e a renovação” (LG 8).
Não tenhamos, pois, ilusões: a comunidade perfeita existe, sim, mas na eternidade. Enquanto formos peregrinos nesta terra dos homens, viveremos em função de um desafio, de uma certeza e de uma utopia.
O desafio: deve orientar-nos a ordem dada por Cristo – isto é: “Sede perfeitos, assim como vosso Pai celeste é perfeito!” (Mt 5,48). Há muito que fazer, pois, para atingirmos a perfeição! A certeza: “Não vos deixarei órfãos!” (Jo 14,18). Se nossa luta em busca da santidade exige muito de nós, alegra-nos a certeza de que não estamos sozinhos nesse esforço. Jesus está muito mais interessado em nossa vitória (e em nossa santidade) do que nós mesmos. E ele vai nos ajudar!  A utopia: “Vi, então, um novo céu e uma nova terra, pois o primeiro céu e a primeira terra desapareceram e o mar já não existia. Eu vi descer do céu, de junto de Deus, a Cidade Santa, a nova Jerusalém, como uma esposa ornada para o esposo. Ao mesmo tempo, ouvi do trono uma grande voz que dizia: ‘Eis aqui o tabernáculo de Deus com os homens. Habitará com eles e serão o seu povo, e Deus mesmo estará com eles. Ele enxugará toda lágrima de seus olhos e já não haverá morte, nem luto, nem grito, nem dor, porque passou a primeira condição’ ”(Ap 21,1-4). Trabalhemos, portanto, para que nosso mundo (nossa paróquia, nossa família, nosso coração etc.) melhore; mas não nos iludamos: a perfeição só encontraremos quando Cristo for tudo em todos (cf. Cl 3,12).

terça-feira, 16 de outubro de 2012

Festa da Unidade

A Paróquia Nossa Senhora das Neves celebra no próximo dia 21/10 a festa da unidade em celebração aos 23 anos de ereção da Paróquia!
Haverá uma gostosa programação na tarde deste domingo! Todos os paroquianos estão convidados a celebrarem juntos a unidade em Cristo, na intercessão da Senhora das Neves, nossa padroeira!

Sacramento do Batismo na CNS das Graças, São Salvador


Batismo (CIC 1212) 
Deus, ao criar o homem, concedeu o dom da graça santificante, elevando-o a dignidade de seu filho e herdeiro de céu. Com o pecado original, rompeu-se a amizade do homem com Deus, e alma perdeu a vida da graça. Desde então, todos os homens nascemos com mancha do pecado original (exceto a Virgem Maria ). Deus por sua misericórdia infinita compadeceu-se de nós e enviou-nos o seu filho para nos resgatar do pecado, devolver-nos a amizade perdida e a vida da graça, tornando-nos novamente dignos de entrar na glória celeste. Tudo isto nos concede através do Sacramento do Batismo. 
1- Noção 
Batismo é um sacramento mediante o qual o homem nasce para a vida espiritual por meio da alusão da água e a invocação da Santíssima Trindade. (CIC 1213 a 1216) 
 2. Batismo, sacramento da nova lei 
Prefiguração no A. T.: circuncisão (Col 2,11ss), passagem do mar Vermelho (I Cor 10, 12), dilúvio Universal (I Pd 3, 20ss). 
No N. T. : Jesus com Nicodemos (Jo 3, 3-5), Jesus ordena aos seus apóstolos que batizem todas as gentes (Mt 28, 18 e 19; Mc 16, 15-16). 
Jesus Cristo instituiu o Sacramento do Batismo precisamente quando foi batizado por João, porque então a água foi santificada e recebeu a força santificante. A obrigação de o receber foi por ele estabelecida depois de sua morte (Mc 16, 15) 
 3- Efeitos do Batismo 
3.1 Justificação: - remissão dos pecados e das penas devidas pelos pecados (CIC 1263 e 1264); - Graça Santificante (CIC 1266) 3.2 graça Sacramental: com ela o cristão é capaz de viver dignamente a sua "nova existência", pois renasceu, como nova criatura, semelhante a Cristo que morreu e ressuscitou (Col 2, 12). 3.3 Caráter batismal (CIC 1272) - Implicações do caráter: 1. incorporação ao corpo místico de Cristo, a Igreja, (CIC 1267). 2. Participação no sacerdócio de Cristo, isto é, direito e a obrigação de continuar a missão e sacerdotal do Redentor (CIC 1268 e 1269) 
 4. Necessidade do Batismo (CIC 1267; Mc 16, 16) 
A razão teológica é clara: sem a incorporação em Cristo, a qual se produz mediante o batismo, ninguém se pode salvar, visto que Cristo é único caminho para a vida eterna, só Ele é o Salvador dos homens. 
Este meio necessário para a salvação pode ser suprido quando, sem culpa própria não se pode receber o batismo de água; quer pelo martírio (batismo de sangue), quer pela contrição ou caridade perfeita (batismo de desejo) para quem tenha uso da razão.(CIC 1258) 
Batismo de desejo: aspiração veemente, quer explicita (p. ex: catecúmenos) quer implícita (p. ex: pagão ou no infiel) de receber o batismo, e esse desejo deve estar ligado à perfeita contrição. Batismo de sangue: martírio de uma pessoa que não recebeu o Batismo, suportando pacientemente a morte violenta por haver professado a fé cristã ou praticado a virtude cristã. 

Sacramento do Matrimônio em São Salvador


O Sacramento do Matrimônio
A aliança matrimonial, pela qual o homem e a mulher constituem entre si uma comunhão da vida toda, ordenada ao bem dos cônjuges e à geração e educação dos filhos, foi elevada, entre os que são batizados, à dignidade de sacramento, por Cristo Senhor.
Diz Jesus em Mt 19,6: "De modo que já não são dois, mas uma só carne". Isso mostra uma unidade profunda de duas vidas, confirmadas pelo pacto conjugal, ou seja, o consentimento pessoal irrevogável.
O sacramento do Matrimônio significa a união de Cristo com a Igreja. 
Concede aos esposos a graça de se amarem com o mesmo amor com que Cristo amou a sua Igreja. A graça do sacramento leva à perfeição o amor humano dos esposos, consolida sua unidade indissolúvel e os santifica no caminho da vida eterna. Se os cônjuges separam-se, divorciam-se, separam algo que Deus uniu. O novo casamento dos divorciados ainda em vida do legítimo cônjuge contraria o desígnio e a lei de Deus, que Cristo nos ensinou. Eles não estão separados da Igreja, mas não têm acesso à comunhão eucarística. Levarão vida cristã principalmente educando seus filhos na fé.
O lar cristão é o lugar onde os filhos recebem o primeiro anúncio da fé. Por isso, o lar é chamado, com toda razão, de "Igreja doméstica", comunidade de graça e de oração, escola das virtudes humanas e da caridade cristã.
É preciso lembrar, ainda, que há certas situações que invalidam o matrimônio, ou seja, os noivos se casam à vista de todos, mas na verdade o casamento não valeu. Esses casos são resolvidos pelo chamado "Tribunal Eclesiástico" das Províncias Eclesiásticas. Exemplo: dois primos em primeiro grau somente podem casar-se com a autorização do bispo ou dos padres autorizados por ele. Se os noivos-primos se casam sem essa autorização (sem a devida dispensa), o casamento não valeu, está nulo.
Finalmente é bom lembrar que até para o Matrimônio é necessário ter vocação, sem ela muitos casamentos fracassam.


sábado, 13 de outubro de 2012

Santa Missa na CNS do Perpétuo Socorro, em Pernambuco


 Nossa Senhora da Conceição Aparecida, popularmente chamada de Nossa Senhora Aparecida, é a padroeira do Brasil, venerada na Igreja Católica. Um título mariano negro, Nossa Senhora Aparecida é representada por uma pequena imagem de terracota da Virgem Maria atualmente alojada na Basílica de Nossa Senhora Aparecida, localizada na cidade de Aparecida, em São Paulo. Sua festa litúrgica é celebrada em 12 de outubro, um feriado nacional no Brasil desde que o Papa João Paulo II consagrou a Basílica em 1980. A Basílica é o quarto santuário mariano mais visitado do mundo, e é capaz de abrigar até 45.000 fiéis.
História
Aparição
Há duas fontes sobre o achado da imagem, que se encontram no Arquivo da Cúria Metropolitana de Aparecida (anterior a 1743) e no Arquivo da Companhia de Jesus, em Roma.[carece de fontes] A história foi primeiramente registrada pelo Padre José Alves Vilela em 1743 e pelo Padre João de Morais e Aguiar em 1757, registro que se encontra no Primeiro Livro de Tombo da Paróquia de Santo Antônio de Guaratinguetá.[carece de fontes] Segundo os relatos, a aparição da imagem ocorreu na segunda quinzena de outubro de 1717, quando Dom Pedro de Almeidaconde de Assumare governante da capitania de São Paulo e Minas de Ouro, estava de passagem pela cidade de Guaratinguetá, no vale do Paraíba, durante uma viagem até Vila Rica.
O povo de Guaratinguetá decidiu fazer uma festa em homenagem à presença de Dom Pedro de Almeida e, apesar de não ser temporada de pesca, os pescadores lançaram seus barcos no Rio Paraíba com a intenção de oferecerem peixes ao conde. Os pescadores Domingos Garcia, João Alves e Filipe Pedroso rezaram para a Virgem Maria e pediram a ajuda de Deus. Após várias tentativas infrutíferas, desceram o curso do rio até chegarem ao Porto Itaguaçu. Eles já estavam a desistir da pescaria quando João Alves jogou sua rede novamente. Ao invés de peixe, ele apanhou o corpo de uma imagem da Virgem Maria sem a cabeça. Ao lançar a rede novamente, apanhou a cabeça da imagem, que foi envolvida em um lenço. Após terem recuperado as duas partes da imagem, a figura da Virgem Aparecida teria ficado tão pesada que eles não conseguiam mais movê-la. A partir daquele momento, segundo os relatos, os três pescadores apanharam tantos peixes que foram obrigados a voltarem para o porto, uma vez que o volume da pesca ameaçava afundar a embarcação deles. Este foi o primeiro milagre atribuído à imagem.


 Início da devoção
Durante os quinze anos seguintes, a imagem permaneceu na residência de Filipe Pedroso, onde as pessoas da vizinhança se reuniam para orar. A devoção foi crescendo entre o povo da região e muitas graças foram alcançadas por aqueles que oravam diante da imagem. A fama dos supostos poderes da imagem foi se espalhando por todas as regiões do Brasil. Diversas vezes as pessoas que à noite faziam diante dela as suas orações, viam luzes de repente apagadas e depois de um pouco reacendidas sem nenhuma intervenção humana. Logo, já não eram somente os pescadores os que vinham rezar diante da imagem, mas também muitas outras pessoas das vizinhanças. A família construiu um oratório no Porto de Itaguaçu, que logo tornou-se pequeno para abrigar tantos fiéis.
Assim sendo, por volta de 1734 o vigário de Guaratinguetá construiu uma capela no alto do morro dos Coqueiros, aberta à visitação pública em 26 de julho de 1745. A capela foi erguida com a ajuda do filho de Filipe Pedroso, que não queria construí-la no alto do Morro dos Coqueiros, pois achava mais fácil para o povo entrar na capela logo abaixo, ao lado do povoado.[carece de fontes]Em 20 de abril de 1822, em viagem pelo Vale do Paraíba, o então Príncipe Regente do Brasil Dom Pedro I e sua comitiva visitaram a capela e conheceram a imagem de Nossa Senhora Aparecida.[carece de fontes]
O número de fiéis não parava de aumentar e, em 1834, foi iniciada a construção de uma igreja maior (a atual Basílica Velha), sendo solenemente inaugurada e benzida em 8 de dezembro de1888.
Coroa de ouro e o manto azul
Em 6 de novembro de 1888, a princesa Isabel visitou pela segunda vez a basílica e ofertou à santa, em pagamento de uma promessa (feita em sua primeira visita, em 8 de dezembro de 1868), uma coroa de ouro cravejada de diamantes e rubis, juntamente com um manto azul, ricamente adornado.
Chegada dos missionários redentoristas
Em 28 de outubro de 1894, chegou a Aparecida um grupo de padres e irmãos da Congregação dos Missionários Redentoristas, para trabalhar no atendimento aos romeiros que acorriam aos pés da imagem para rezar com a Senhora "Aparecida" das águas.




Coroação da imagem
8 de setembro de 1904, a imagem foi coroada com a riquíssima coroa doada pela Princesa Isabel e portando o manto anil, bordado em ouro e pedrarias, símbolos de sua realeza e patrono. A celebração solene foi dirigida por D. José Camargo Barros, com a presença do Núncio Apostólico, muitos bispos, o Presidente da República Rodrigues Alves e numeroso povo. Depois da coroação o Santo Padre concedeu ao santuário de Aparecida mais outros favores: Ofício e missa própria de Nossa Senhora Aparecida, e indulgências para os romeiros que vêm em peregrinação ao Santuário.
Instalação da basílica
No dia 29 de Abril de 1908, a igreja recebeu o título de Basílica Menor, sagrada a 5 de setembro de 1909 e recebendo os ossos de são Vicente Mártir, trazidos de Roma com permissão do Papa.
Município de Aparecida - SP
Em 17 de dezembro de 1928, a vila que se formara ao redor da igreja no alto do Morro dos Coqueiros tornou-se Município, vindo a se chamar Aparecida, em homenagem a Nossa Senhora, que fora responsável pela criação da cidade.
A rainha e padroeira do Brasil
Nossa Senhora da Conceição Aparecida, foi proclamada Rainha do Brasil e sua Padroeira Principal em 16 de julho de 1930, por decreto do papa Pio XI. A imagem já havia sido coroada anteriormente, em nome do papa Pio X, por decreto da Santa Sé, em 1904.
Pela Lei nº 6.802 de 30 de junho de 1.980, foi decretado oficialmente feriado no dia 12 de outubro, dedicando este dia a devoção. Também nesta Lei, a República Federativa do Brasil reconhece oficialmente Nossa Senhora Aparecida como padroeira do Brasil.
Rosa de Ouro
Em 1967, ao completar-se 250 anos da devoção, o Papa Paulo VI ofereceu ao Santuário a “Rosa de Ouro”, gesto repetido pelo Papa Bento XVI que ofereceu outra Rosa, em 2007, em decorrência da sua Viagem Apostólica ao país nesse mesmo ano, reconhecendo a importância da santa devoção.
Basílica de Nossa Senhora Aparecida
Houve necessidade de um local maior para os romeiros e em 1955 teve início a construção da Basílica Nova. O arquiteto Benedito Calixto a qual idealizou um edifício em forma de cruz grega, com 173m de comprimento por 168m de largura; as naves com 40m e a cúpula com 70m de altura.
Em 4 de julho de 1980 o papa João Paulo II, em sua visita ao Brasil, consagrou a Basílica de Nossa Senhora Aparecida, o maior santuário mariano do mundo, em solene missa celebrada, revigorando a devoção à Santa Maria, Mãe de Deus e sagrando solenemente aquele grandioso monumento.
Centenário da coroação
No mês de maio de 2004 o papa João Paulo II concedeu indulgências aos devotos de Nossa Senhora Aparecida, por ocasião das comemorações do centenário da coroação da imagem e proclamação de Nossa Senhora como Padroeira do Brasil. Após um concurso nacional, devotos e autoridades eclesiais elegeram a Coroa do Centenário, que marcaria as festividades do jubileu de coroação realizado naquele ano.

Santa Missa na C. Santo Expedito, em Bom Jardim





 A festa de Nossa Senhora Aparecida nos faz remontar ao ano de 1717, quando alguns pescadores encontraram no rio Paraíba, presa em suas redes, uma imagem de Nossa Senhora da Conceição. Aqueles que foram pescar para o Conde de Assumar pescaram uma imagem negra da Virgem da Conceição que, hoje, com o seu manto azul protege o povo brasileiro e se coloca como a nossa intercessora junto de Deus, porque: “quem a Mãe pede o Filho atende!”. Vamos a Deus, por intermédio da Virgem de Aparecida, Rainha e Mãe do povo brasileiro.

segunda-feira, 8 de outubro de 2012

O que pode e não pode o Ministro Extraordinário da Comunhão Eucarística


Funções do MEDE

São estas as funções dos ministros extraordinários da comunhão:

  • distribuição da comunhão na missa.
  • distribuição da comunhão fora da missa, aos doentes ou outras pessoas que com razão o solicitem.

Todas estas funções devem ser realizadas em caso de necessidade, ou seja, quando não houver ministros ordenados disponíveis ou em número suficiente. Face a alguns abusos neste sentido, a Congregação para o Culto Divino e Disciplina dos Sacramentos, de acordo com o Papa João Paulo II, declarou, na instrução Redemptionis sacramentum que "se habitualmente estiver disponível um número de ministros sagrados suficiente para a distribuição da Sagrada Comunhão, não se podem designar para esta função ministros extraordinários da Sagrada Comunhão. Em tais circunstâncias, aqueles que estejam designados para tal ministério não o exerçam. É reprovável a prática daqueles Sacerdotes que, embora estejam presentes na celebração, se abstêm de distribuir a Comunhão, encarregando os fiéis dessa função."
Saudação ao altar e ao povo reunido ( Instrução Geral sobre o Missal Romano)
49. Chegando ao presbitério, o sacerdote, o diácono e os ministros saúdam o altar com uma inclinação profunda. Em seguida, em sinal de veneração o sacerdote e o diácono beijam o altar; e o sacerdote, se for oportuno, incensa a cruz e o altar. Ministros Extraordinários não beijam o altar na Missa!

terça-feira, 2 de outubro de 2012

Outubro - Mês das Missões

Outubro, mês das missões
Por: DOM EURICO DOS SANTOS VELOSO
ARCEBISPO EMÉRITO DE JUIZ DE FORA, MG.
 Não se abre uma rosa apertando-se o botão”, escreveu alguém.  É um pensamento muito próprio para uma reflexão sobre a vocação missionária do cristão para o mês que se avizinha: o mês de outubro, dedicado às missões. Jesus disse ao enviar os apóstolos para anunciar o ano da graça: “Eis que vos enviou como carneiros em meio a lobos vorazes” (Cf. Mt. 10,16). E, quando, mal recebidos em uma cidade, João e Tiago pretendiam mandar o fogo dos céus sobre aquele povo, mas Jesus os repreendeu “Não sabeis de que espírito sois. (Cf. Lc. 9,55).

A primeira atitude do missionário deve ser a mansidão. O anúncio da Boa Nova é um anúncio de paz. O texto do profeta Isaias lido por Jesus na sinagoga de Nazaré (Cf. Lc. 4,16-22)) e a si próprio aplicado, diz: “O Espírito do Senhor está sobre mim, eis porque me ungiu e mandou-me evangelizar os pobres, sarar os de coração contrito, anunciar o ano da graça”(Cf. Is. 61, 1-4)
E, logo a seguir, no Sermão da Montanha, revirando todos os princípios e conceitos que o pecado instilara nos corações dos homens, da sociedade e da cultura, declara bem aventurados os mansos, os misericordiosos e os que promovem a paz(Cf. Mt. 5)
A violência e a agressividade afastam os corações. Não é a toa que Santa Terezinha foi declarada padroeira das missões, ela que jamais transpôs as grades de seu convento e, partindo deste mundo aos vinte quatro anos, podia prometer que dos céus enviaria uma chuva de rosas sobre a terra. São Francisco de Sales, igualmente ensinava que se apanham mais moscas com uma gota de mel do que com um barril de vinagre.
Quanta paciência e compreensão mostraram os santos missionários de todos os tempos na inculturação da fé em corações duros e arraigados numa cultura pagã totalmente diversa dos caminhos cristãos. Davam tempo ao tempo, como o semeador aguarda com paciência o tempo da colheita.
Ainda no Evangelho lido na liturgia de dias atrás, diante da crítica dos fariseus, Jesus amorosamente acolhe a pecadora pública e lhe perdoa os pecados, e não reprime com exasperação o pecado dos “puros de todos os tempos”, mas os leva à conversão chamando-os ao amor.(Cf. Lc. 7, 36-50)  Assim também em outro episódio, uma ceia junto a publicanos e pecadores, o Mestre disse aos que o criticavam: “Não são os que tem saúde  que precisam de médico, mas os doentes. Ide aprendei o que significa: prefiro a misericórdia ao sacrifício” (Cf. Mt.9, 10-14).
O plano salvífico de Deus não é imposto. Como na criação Deus respeitou a vontade do homem que optou pelo pecado, assim também o respeita na opção que ele faz diante da oferta da salvação. “Deus que te criou sem ti, não te salvará sem ti”, diz Santo Agostinho.
O cristão que tem, pelo batismo, a vocação missionária, a missão de anunciar a Boa Nova, tem de ter, ele próprio, um coração semelhante ao de Cristo, manso e humilde, como pedimos na jaculatória, “fazei nosso coração semelhante ao vosso”.
Paulo VI, na Evangelii nuntiandi exorta: “A obra da evangelização pressupõe um amor fraterno, sempre crescente, para com aqueles a quem ele (o missionário) evangeliza.” (nº 79) e cita São Paulo aos Tessalonicenses (2Tes. 8) como programa.
Refere-se ainda, exemplificativamente, a outros sinais de afeição que o missionário tem de ter em relação ao evangelizando: o respeito pela situação religiosa e espiritual das pessoas a quem se evangeliza; a preocupação de se não ferir o outro sobretudo  se ele é débil em sua fé e um esforço para não transmitir dúvidas ou incertezas  nascidas de uma erudição não assimiladas.
O missionário, ao levar a Boa Nova a um mundo angustiado e sem esperança ou cuja esperança se esgota com o último suspiro, não pode se apresentar triste e descorçoado, impaciente ou ansioso, mas deve manifestar uma vida irradiante de fervor e da alegria de Cristo.
Nesse espírito o missionário, sem tergiversar sobre sua fé e sobre a mensagem, abra sua voz para “propor aos homens a verdade evangélica e a salvação em Cristo,com absoluta clareza e com todo o respeito pela opções livres que a consciência dos ouvintes fará” (E.N 80). Lembre-se “não se abre uma rosa apertando-se o botão”.